ONDE IR: ALTER DO CHÃO

Viajei para a Alter do chão e sem brincadeira, você deve fazer o mesmo!

Fica no Pará, pertinho se Santarém (35km) e tem as praias de rio mais lindas que se possa imaginar.

Primeiro de tudo, você está na Amazônia. Pode fazer passeios na mata, conhecer fauna e flora brasileira.

Segundo, lá você está em contato com 132km do rio Tapajós até ele desaguar no Rio Amazonas. Pensa na quantidade de praias para conhecer? Todas onde estive tinham areia branca e águas claras, por isso Alter é conhecido como Caribe Amazônico. Em algumas pontas a água é azul, em outras verde, mas sempre transparente.

Como estou acostumada com o mar, passei a viagem toda comparando o rio com ele. Tapajós atinge a largura de 19 km nessa região. Não dá para enxergar a outra margem. E mesmo quando se atravessa de barco, demora um tantão para ver o outro lado. É um oceano de rio.

Alter do chão

O centrinho da cidade consiste em uma praça com coreto e Igreja, como a maior parte das pequenas cidades brasileiras.

Em frente da Igreja, há a praça. Em frente da praça, há a Ilha do Amor (clique nas fotos para vê-las maiores).

A Ilha é uma praia de rio muito gostosa e a mais cheia das que conheci (o cheio de lá nem chega aos pés do cheio do litoral paulista).

Mas para quem gosta de pouco movimento, basta uma pequena caminhada e já se encontrará isolado.

Ao redor da praça há bares e restaurantes gostosos, onde todo mundo vai. Prepare-se para encontrar as mesmas pessoas, sempre.

Passeios Imperdíveis

Para fazer os passeios você pode contactar os barqueiros da Cooperativa diretamente na rua ou ir ao Mãe Natureza Ecoturismo (em um dos restaurantes da praça) e tratar com o argentino Cláudio.

Tenho certeza que fora de temporada deve ser bem mais barato, mas no fim do ano o barco da Cooperativa para 6 pessoas foi 600 reais, nele só se leva 4. O do argentino é mais caro e seu valor depende de qual passeio e em quantas pessoas for. Neste, frutas, almoço e água estão inclusos. Além das taxas pagas aos moradores nos locais que entramos.

Acaba sendo pouca, mas alguma diferença.

Para a Flona fechamos com o argentino, mais estruturado e valeu a pena (as frutas durante a trilha me salvaram), os outros passeios negociamos direto com o barqueiro Sérgio.

FLONA

Flona é a Floresta Nacional de Tapajós.

Para chegar lá, pegamos um barco em Alter do chão e chegamos nesse paraíso:

Adentramos até chegar na comunidade Jamaraquá.

Um local acompanha você, normalmente com um grupo de pessoas, na trilha de 4 horas pela floresta explicando tudo.

Lá tive o prazer de conhecer a árvore Seringueira, ver a extração do látex, colocar o dedinho no leite e depois sentir ele grudando como cola. Os locais utilizam essa cola para trabalhos escolares. Essa árvore tem algo que para mim me lembrou muito o plástico bolha: o leite escorrido vira uma borrachinha que dá pra arrancar da árvore. Pensa num prazer rs

Conheci a árvore onde ficam formigas “repelentes”. O tronco é tomado por infinitas formiguinhas, você coloca a mão, elas sobem em você. Você se esfrega (acaba por as matar) e pronto! Seu cheiro está escondido pelo cheiro das formigas. Usam muito na caça para despistar animais, além de servir de proteção dos mosquitos.

Comi um pedacinho de um cipó que serve de remédio contra veneno de cobra. Nosso guia foi picado por uma e sobreviveu por conta dele.

Abracei árvores.

Vi teias gigantes de aranha, mas ainda bem que não vi nenhuma viva. Vi a capa de uma delas só. Nem sabia que aranha tinha capa.

Sentei num tronco e contemplei a natureza.

Mentira, só posei pra foto mesmo.

Vi a flor cacau usada na gastronomia pelo aroma de chocolate.

Vi bicho comendo bicho. Dá pra ver?

Conheci a Samauma, a árvore gigante que dizem ter mais de mil anos. É indescritível a sensação de estar ao lado um fruto da natureza dessa magnitute.

Você chega a um mirante super alto com uma bela vista.

E retorna para almoçar na comunidade um pirarucu fresquinho.

Depois, seguimos o passeio para a lojinha que vende artesanatos feitos com sementes e látex. Colares, brincos, pulseiras, cadernos, carteiras, chaveiros…

Por fim, damos um mergulho no Igarapé do Jamaraquá. Lindo, repleto de vitórias régias, com uma água geladinha porque segundo disseram ele “nasce de olhos de água”.

A água do rio não é tão fria, nem quente. Tem a temperatura ideal. A do igarapé é bem mais fresca e também me pareceu ideal rs.

Vi muitas aves, umas muito diferentes das outras. De encher os olhos.

O passeio acaba com o pôr-do-sol.

Não é de chorar com tanta beleza?

Como já estava tudo incluso, o dinheiro gasto a mais foi na loja de artesanatos. Colares variam entre 10 e 30 reais. São bem baratos, exclusivos e ainda estão gerando renda para a comunidade. Vale a pena!

 Canal do Jari

Para chegar lá o passeio de barco é longo, cerca de 2h, e vale muito a pena. Tem um pouco de emoção nesse percurso, no meu caso não passava nem uma agulha, se é que me entende.

Lá vemos o encontro da água esverdeada do Tapajós com a barrenta do Amazonas.

Enquanto na FLONA se conhece a flora, nesse passeio se conhece um pouco da fauna da Amazonia. Vê-se muitos, mas muitos pássaros. Eu vi um jacaré mergulhando na água. Vimos a carcaça de um outro na beira do canal que o Sérgio (nosso barqueiro) levou embora para fazer colar com os dentes. Eu peguei a coluna do animal, mas fedia a morte e larguei lá na mesma hora.

Sérgio nos levou até moradores locais para visitarmos a mata. Vimos bichos preguiças, macacos, aves de diferentes espécies, mais teias de aranhas, mais seringueiras…

Vimos o crânio de um jacaré de mais de 5m que foi encontrado morto perto dali.

Conheci de onde vem a castanha do Pará: parece uma castanha gigante, cheia de castanhas dentro. O casco se abre sozinho, o pica-pau come até aguentar e o macaco termina o serviço. Sobraram umas 3 pra gente.

Caminhamos por uma trilha totalmente seca que fica alagada na cheia. É inacreditável como deve mudar o cenário quando a água cobre tudo.

Todas as casas são bem altas, preparadas para isso. Nesse período as praias quase não existem e algumas deixam de existir mesmo. E então reaparecem. É um belo exemplo que serve de analogia para a vida. Mas essas reflexões não são para agora. Vou escrever outro post só sobre o que a natureza me ensinou sobre tudo.

Estamos numa época de seca, há 6 meses sem chover. Vimos muitas queimadas e a fumaça era constante. Dá vontade pegar um helicóptero e jogar aquela abundância de água sobre a mata.

O casal que nos acompanhou era muito gentil e explicou tudo que queríamos saber  e o que nem sabíamos que queríamos, mas que queríamos também. São 20 reais por pessoa para conhecer o local.

Pegamos o barco, atravessamos com emoção e fomos almoçar na Ponta de Pedra. Tucunaré na brasa. Ai, que fome que me deu só de lembrar. Paga-se pelo peixe que vem acompanhado de baião, farofa e vinagrete, estávamos em 4 e saiu em torno de 30 reais por pessoa. Não deixe de pedir jarra de suco de cupuaçu, em todos os lugares, vai sentir saudade.

Nossa vista durante a refeição:

Fizemos a digestão mergulhadas no rio.

E partimos para ver o pôr -do-sol na Ponta do Cururu.

Todos esperando esse momento:

Você pode ir para Alter e não fazer passeio nenhum (o que seria uma grande bobagem), mas não pode perder de maneira alguma esse momento! Os botos aparecem enquanto o sol baixa formando um cenário que não consigo descrever. As cores rosa, amarelo e azul turquesa dominam o lugar, enquanto os botos dão o ar da graça. Sem querer acabamos ouvindo um coro não ensaiado de “ohhh” a cada aparição do bicho.

Não espere um show da Free Willy. Ele não dá saltos, nem piruetas; coloca só as costas pra fora e já é incrível!

Álias, não espere em nenhum lugar espetáculos dos animais. Eles são animais e estão vivendo suas vidas na natureza normalmente – ainda bem! Se quiser ver o animal de perto, pronto para você, vá a um zoológico. A vida real e natural é assim! Estou falando isso porque escutei algumas vezes alguns turistas reclamando que “nem dava pra ver o bicho direito”, que ” nem valia a pena o passeio”. Minha dica nesse caso, é: vá à Disney no Animal Kingdom.

Rio Arapiuns

Nós elegemos as águas desse rio como a melhor de todas. As areias das praias são as mais branquinhas e fininhas que contrastam com as águas azuladas e cristalinas. Fomos na Ponta do Icuxi e na Ponta Grande. A Ponta Grande que já me parecia grande, fica maior ainda! Sérgio disse que já estava com a água subindo e que chega num ponto que só passa barco pequeno por lá.

Depois de aproveitar bem o rio, fomos conhecer a comunidade ribeirinha Coróca.

Conhecemos o lago onde habitam jacarés e muitas tartarugas. Lá homem nenhum entra. Alimentam a tartaruga de cima de um deck flutuante.

Eu estou fingindo tranquilidade e paz interior em cima do deck, mas estou morrendo de medo de cair.

ONDE IR: ALTER DO CHÃO

 POR PAULACATEGORIAS: BLOG.TAGS: ALTER DO CHÃOAMAZÔNIABRASILCARIMBÓONDE IRPARÁRIO TAPAJÓSSOULKITCHENTURIMOSVAI TAPAJÓSVERÃOVIAGEMGUARDE ESTE LINK

Viajei para a Alter do chão e sem brincadeira, você deve fazer o mesmo!

Fica no Pará, pertinho se Santarém (35km) e tem as praias de rio mais lindas que se possa imaginar.

Primeiro de tudo, você está na Amazônia. Pode fazer passeios na mata, conhecer fauna e flora brasileira.

Segundo, lá você está em contato com 132km do rio Tapajós até ele desaguar no Rio Amazonas. Pensa na quantidade de praias para conhecer? Todas onde estive tinham areia branca e águas claras, por isso Alter é conhecido como Caribe Amazônico. Em algumas pontas a água é azul, em outras verde, mas sempre transparente.

Como estou acostumada com o mar, passei a viagem toda comparando o rio com ele. Tapajós atinge a largura de 19 km nessa região. Não dá para enxergar a outra margem. E mesmo quando se atravessa de barco, demora um tantão para ver o outro lado. É um oceano de rio.

Alter do chão

O centrinho da cidade consiste em uma praça com coreto e Igreja, como a maior parte das pequenas cidades brasileiras.

Em frente da Igreja, há a praça. Em frente da praça, há a Ilha do Amor (clique nas fotos para vê-las maiores).

ilhadoamor

A Ilha é uma praia de rio muito gostosa e a mais cheia das que conheci (o cheio de lá nem chega aos pés do cheio do litoral paulista).

Mas para quem gosta de pouco movimento, basta uma pequena caminhada e já se encontrará isolado.

nossailha
maisilha
ilhaisolada
ilhadoamorisolada

Ao redor da praça há bares e restaurantes gostosos, onde todo mundo vai. Prepare-se para encontrar as mesmas pessoas, sempre.

Passeios Imperdíveis

Para fazer os passeios você pode contactar os barqueiros da Cooperativa diretamente na rua ou ir ao Mãe Natureza Ecoturismo (em um dos restaurantes da praça) e tratar com o argentino Cláudio.

Tenho certeza que fora de temporada deve ser bem mais barato, mas no fim do ano o barco da Cooperativa para 6 pessoas foi 600 reais, nele só se leva 4. O do argentino é mais caro e seu valor depende de qual passeio e em quantas pessoas for. Neste, frutas, almoço e água estão inclusos. Além das taxas pagas aos moradores nos locais que entramos.

Acaba sendo pouca, mas alguma diferença.

Para a Flona fechamos com o argentino, mais estruturado e valeu a pena (as frutas durante a trilha me salvaram), os outros passeios negociamos direto com o barqueiro Sérgio.

FLONA

Flona é a Floresta Nacional de Tapajós.

Para chegar lá, pegamos um barco em Alter do chão e chegamos nesse paraíso:

flonachegada
chegadaflona1

Adentramos até chegar na comunidade Jamaraquá.

comunidadejamaraqua
comunidadeflona

Um local acompanha você, normalmente com um grupo de pessoas, na trilha de 4 horas pela floresta explicando tudo.

caminhandoflona
floninha

Lá tive o prazer de conhecer a árvore Seringueira, ver a extração do látex, colocar o dedinho no leite e depois sentir ele grudando como cola. Os locais utilizam essa cola para trabalhos escolares. Essa árvore tem algo que para mim me lembrou muito o plástico bolha: o leite escorrido vira uma borrachinha que dá pra arrancar da árvore. Pensa num prazer rs

seringueira

Conheci a árvore onde ficam formigas “repelentes”. O tronco é tomado por infinitas formiguinhas, você coloca a mão, elas sobem em você. Você se esfrega (acaba por as matar) e pronto! Seu cheiro está escondido pelo cheiro das formigas. Usam muito na caça para despistar animais, além de servir de proteção dos mosquitos.Tocador de vídeo00:0000:08

Comi um pedacinho de um cipó que serve de remédio contra veneno de cobra. Nosso guia foi picado por uma e sobreviveu por conta dele.

Abracei árvores.

flonaabraco

Vi teias gigantes de aranha, mas ainda bem que não vi nenhuma viva. Vi a capa de uma delas só. Nem sabia que aranha tinha capa.

Sentei num tronco e contemplei a natureza.

sentadanotronco

Mentira, só posei pra foto mesmo.

Vi a flor cacau usada na gastronomia pelo aroma de chocolate.

Vi bicho comendo bicho. Dá pra ver?

bichinhoflona

Conheci a Samauma, a árvore gigante que dizem ter mais de mil anos. É indescritível a sensação de estar ao lado um fruto da natureza dessa magnitute.

samauma
abracosamauma

Você chega a um mirante super alto com uma bela vista.

mirante

E retorna para almoçar na comunidade um pirarucu fresquinho.

Depois, seguimos o passeio para a lojinha que vende artesanatos feitos com sementes e látex. Colares, brincos, pulseiras, cadernos, carteiras, chaveiros…

jamaraqua

Por fim, damos um mergulho no Igarapé do Jamaraquá. Lindo, repleto de vitórias régias, com uma água geladinha porque segundo disseram ele “nasce de olhos de água”.

igarape

A água do rio não é tão fria, nem quente. Tem a temperatura ideal. A do igarapé é bem mais fresca e também me pareceu ideal rs.

igarapeeu

Vi muitas aves, umas muito diferentes das outras. De encher os olhos.

O passeio acaba com o pôr-do-sol.

flonapor

Não é de chorar com tanta beleza?

Como já estava tudo incluso, o dinheiro gasto a mais foi na loja de artesanatos. Colares variam entre 10 e 30 reais. São bem baratos, exclusivos e ainda estão gerando renda para a comunidade. Vale a pena!

 Canal do Jari

Para chegar lá o passeio de barco é longo, cerca de 2h, e vale muito a pena. Tem um pouco de emoção nesse percurso, no meu caso não passava nem uma agulha, se é que me entende.

Lá vemos o encontro da água esverdeada do Tapajós com a barrenta do Amazonas.

canaljari
canal

Enquanto na FLONA se conhece a flora, nesse passeio se conhece um pouco da fauna da Amazonia. Vê-se muitos, mas muitos pássaros. Eu vi um jacaré mergulhando na água. Vimos a carcaça de um outro na beira do canal que o Sérgio (nosso barqueiro) levou embora para fazer colar com os dentes. Eu peguei a coluna do animal, mas fedia a morte e larguei lá na mesma hora.

Sérgio nos levou até moradores locais para visitarmos a mata. Vimos bichos preguiças, macacos, aves de diferentes espécies, mais teias de aranhas, mais seringueiras…

bichopreguica

Vimos o crânio de um jacaré de mais de 5m que foi encontrado morto perto dali.

jacare

Conheci de onde vem a castanha do Pará: parece uma castanha gigante, cheia de castanhas dentro. O casco se abre sozinho, o pica-pau come até aguentar e o macaco termina o serviço. Sobraram umas 3 pra gente.

castanha

Caminhamos por uma trilha totalmente seca que fica alagada na cheia. É inacreditável como deve mudar o cenário quando a água cobre tudo.

trilha

Todas as casas são bem altas, preparadas para isso. Nesse período as praias quase não existem e algumas deixam de existir mesmo. E então reaparecem. É um belo exemplo que serve de analogia para a vida. Mas essas reflexões não são para agora. Vou escrever outro post só sobre o que a natureza me ensinou sobre tudo.

caja
jari

Estamos numa época de seca, há 6 meses sem chover. Vimos muitas queimadas e a fumaça era constante. Dá vontade pegar um helicóptero e jogar aquela abundância de água sobre a mata.

O casal que nos acompanhou era muito gentil e explicou tudo que queríamos saber  e o que nem sabíamos que queríamos, mas que queríamos também. São 20 reais por pessoa para conhecer o local.

Pegamos o barco, atravessamos com emoção e fomos almoçar na Ponta de Pedra. Tucunaré na brasa. Ai, que fome que me deu só de lembrar. Paga-se pelo peixe que vem acompanhado de baião, farofa e vinagrete, estávamos em 4 e saiu em torno de 30 reais por pessoa. Não deixe de pedir jarra de suco de cupuaçu, em todos os lugares, vai sentir saudade.

Nossa vista durante a refeição:

rest

Fizemos a digestão mergulhadas no rio.

E partimos para ver o pôr -do-sol na Ponta do Cururu.

Todos esperando esse momento:

por

Você pode ir para Alter e não fazer passeio nenhum (o que seria uma grande bobagem), mas não pode perder de maneira alguma esse momento! Os botos aparecem enquanto o sol baixa formando um cenário que não consigo descrever. As cores rosa, amarelo e azul turquesa dominam o lugar, enquanto os botos dão o ar da graça. Sem querer acabamos ouvindo um coro não ensaiado de “ohhh” a cada aparição do bicho.

cururu
porcu

Não espere um show da Free Willy. Ele não dá saltos, nem piruetas; coloca só as costas pra fora e já é incrível!

Álias, não espere em nenhum lugar espetáculos dos animais. Eles são animais e estão vivendo suas vidas na natureza normalmente – ainda bem! Se quiser ver o animal de perto, pronto para você, vá a um zoológico. A vida real e natural é assim! Estou falando isso porque escutei algumas vezes alguns turistas reclamando que “nem dava pra ver o bicho direito”, que ” nem valia a pena o passeio”. Minha dica nesse caso, é: vá à Disney no Animal Kingdom.

Rio Arapiuns 

2

Nós elegemos as águas desse rio como a melhor de todas. As areias das praias são as mais branquinhas e fininhas que contrastam com as águas azuladas e cristalinas. Fomos na Ponta do Icuxi e na Ponta Grande. A Ponta Grande que já me parecia grande, fica maior ainda! Sérgio disse que já estava com a água subindo e que chega num ponto que só passa barco pequeno por lá.

1

Depois de aproveitar bem o rio, fomos conhecer a comunidade ribeirinha Coróca.

3

Conhecemos o lago onde habitam jacarés e muitas tartarugas. Lá homem nenhum entra. Alimentam a tartaruga de cima de um deck flutuante.

6

Eu estou fingindo tranquilidade e paz interior em cima do deck, mas estou morrendo de medo de cair.

8

Quem nos recebeu foi uma moradora da comunidade que entendia tudo sobre peixe por ser filha e neta de pescadores. Ela contou que lá há 11 famílias formadas por 75 pessoas ao total. E que tudo começou com duas mulheres.

Eles fazem farinha de mandioca, tapioca e eu aprendi como se faz. Não aprendi tão bem para explicar aqui, mas aprendi rs.

Também produzem mel feito por três tipos de abelhas.

A gente provou o mel extraído diretamente da colmeia por uma seringa. Foi o mel com mais gosto de mel que já experimentei. Você pode comprá-lo na lojinha. O preço varia de 5 a 15 reais dependendo do tipo e da quantidade.

Eu segurei um filhotinho lindo de tartaruga.

Almoçamos por lá também. Saiu 20 reais para conhecer o local, mais 20 para comer. Ainda tem a lojinha com artesanatos e mel; encha a carteira.

Casa do Saulo 

O Balneário e Restaurante Casa de Saulo fica na praia de Curuatatuba. Ele é muito conhecido pela beleza do local, mas principalmente pela comida. 

Conheci lá em um evento muito específico e não posso dizer como é normalmente além do que li na internet. Pelo que li e comi, vá!

Soulkitchen

Eu fui para Alter do Chão com as festas Vai Tapajós da Soulkitchen fechadas.

Foram 3 festas, sendo 2 open de comida e bebida e 1 de reveillón open bebida por 1290,00.

A primeira festa aconteceu na Casa do Saulo. Fizemos o trajeto de 1h30 de Alter para lá por balsa com música e algumas frutas e bebidas.

Saímos ao 12h e voltamos 1h30 da manhã. O almoço foi uma delícia, preparado pelo próprio Saulo.

A segunda festa foi a da virada. Aconteceu na Floresta encantada. Só a ideia de passar o Reveillón na Amazônia já emociona, imagine mergulhar num igarapé no meio de uma festa? Estava bem escuro e não tenho uma foto que represente o local.

E a última foi um sunset de despedida na praia do hotel Belo Alter. As pessoas já se conheciam, as músicas ficaram famíliares, e o tornozelo já estava mais acostumado a dançar na areia fina. A comida mais uma vez  foi deliciosa e do Saulo. As bebidas eram de muito boa qualidade, até porque a ressaca não pode ser muito brava com tanto passeio a ser feito.

Virada do ano

Essa não é a única opção de festa. Outra, realizada pela AMZ, aconteceu na ponta do Icuxi e pelo o que ouvi foi bem legal! É bem interessante, mais alternativa e aconteceu numa praia. No pacote da AMZ era possível incluir hospedagem em barcos.

É muito comum por lá as pessoas optarem por dormir em redes nos barcos e passarem a estadia pingando de praia em praia.

Noite

O que fazer a noite? Essa sou eu andando na pracinha para ilustrar o que se faz:

Os bares e restaurantes da praça ficam super cheios. Mas eles fecham cedo, por volta da meia noite.

O Espaço Alter do chão é uma “balada” com shows de carimbó incríveis! Meu lugar preferido! Depois de jantar e aproveitar o bar, partimos para lá todas as noites.Tocador de vídeo00:0000:11

Nesse vídeo dá pra ouvir um tiquinho de Carimbó, ver a banda que mais gostei e o ritual de jogar água de cheiro no povo.

E acontecem mais eventos noturnos que se descobre na hora, como um chorinho em um bar na rua de cima da praça. É fácil ficar sabendo o que vai rolar.

DICAS IMPORTANTES:

  • Tome vacina contra febre amarela, apesar de não terem pedido o comprovante no aeroporto, vi alerta de controle no banheiro da pousada.
  • Não se preocupe com pernilongos e mosquitos. Leve repelente claro, mas eles não devem incomodar.
  • Para trilha na FLONA, use tênis e opte por roupas confortáveis. Fui de shorts jeans, ele molhou no barco, tirei e caminhei de biquini e canga mesmo. Foi tranquilo.
  • Não fique abraçando árvores como se não houvesse amanhã (como eu fiz e levei bronca). Pergunte ao guia, pode haver bichinhos que nos fazem mal.
  • Fiquei hospedada na pousada Vila da Praia e fomos muito bem recebidas. O preço é super honesto, a localização é ótima e é bem confortável. Cuidado com valores abusivos, principalmente em alta temporada.

Para finalizar, uma pequena playlist inspiradora das músicas mais escutadas:

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